Fósseis de ancestrais terrestres das baleias e sua Evolução
Os fósseis oferecem pistas cruciais para a evolução, porque revelam as formas frequentemente notáveis de criaturas há muito desaparecidas na Terra.
Alguns deles até documentam a evolução em ação, ao registrar criaturas em trânsito entre um ambiente e outro. Baleias, por exemplo, estão belamente adaptadas à vida na água, e têm sido assim por milhões de anos.
Mas como nós, são mamíferos. Elas respiram ar, dão à luz e amamentam seus filhotes. Mas há boas evidências de que os mamíferos evoluíram originalmente sobre a terra seca. Se é assim, então os ancestrais das baleias devem ter se mudado para a água em algum momento.
Acontece que temos fósseis numerosos dos aproximadamente dez milhões de anos iniciais da evolução das baleias.
Nesses se incluem vários fósseis de criaturas aquáticas como Ambulocetus e Pakicetus, que têm características agora vistas apenas em baleias - especialmente a anatomia do ouvido interno - mas também têm membros como os dos mamíferos terrestres dos quais eles claramente derivaram. Tecnicamente, essas criaturas híbridas já eram baleias.
O que estava faltando era o começo da história: as criaturas terrestres das quais as baleias evoluíram mais tarde. Um trabalho publicado em 2007 pode ter apontado com precisão este grupo.
Chamados de Raoelídeos, essas criaturas agora extintas seriam parecidas com pequenos cachorrinhos, mas eram mais intimamente relacionadas aos ungulados com número par de dedos [artiodáctilos] - o grupo que inclui vacas, ovelhas, veados, porcos e hipopótamos modernos.
Evidências moleculares também sugeriram que baleias e ungulados com número par de dedos compartilham uma profunda afinidade evolutiva.
O estudo detalhado de Hans Thewissen e colaboradores em NEOUCOM, Rootstown, mostra que um Raoelídeo, Indohyus, é similar às baleias, mas diferente de outros artiodáctilos em relação à estrutura de seus ouvidos e dentes, à espessura de seus ossos e à composição química de seus dentes.
Esses indicadores sugerem que essa criatura do tamanho de um guaxinim passava bastante tempo na água. Raoelídeos típicos, entretanto, têm uma dieta bem diferente da dieta das baleias, o que sugere que o estímulo para a mudança para a água pode ter sido a mudança de dieta. Esse estudo demonstra a existência de potenciais formas transicionais no registro fóssil.
Muitos outros exemplos poderiam ter sido ressaltados, e há toda razão para se pensar que muitos outros estão para serem descobertos, especialmente em grupos que estão bem representados no registro fóssil.
Fonte: Evolucionismo.org
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